A história que vou lhes narrar é tão encantadora que bem poderia começar pelo famoso "Era uma vez..." Mas ela nada tem de fantasia. É fato real, acontecido há quase cinco séculos na Espanha, mais precisamente no Reino de Castela, num lugarejo de apenas cinco mil almas, chamado Fontiveros.
Corria o ano de 1548. Uma jovem viúva, Catarina Álvarez de Yepes, lutava com dificuldade para manter seus três filhos: Francisco, Luís e o caçula, João, que mal contava seis anos de idade.
Nesse ambiente de pobreza, em conseqüência da má alimentação, ficou João muito franzino, o que não o impedia de participar alegremente dos divertimentos das crianças de sua idade.
Certo dia, estando ele com seus amiguinhos às margens de um lago pantanoso, entregaram-se todos a uma brincadeira um tanto arriscada. Consistia a diversão em cada um dos meninos jogar na água, o mais distante que conseguisse, uma varinha e depois recolhê- la a partir da margem.
João lançou seu bastãozinho com decisão, mas, na tentativa de alcançá-lo, perdeu o equilíbrio e caiu naquela água lamacenta.
Foi ao fundo e voltou à tona logo em seguida, mas afundou novamente, ainda mais afastado da margem. Seus coleguinhas, não sabendo o que fazer e não tendo como socorrê-lo, começaram a gritar.
Notaram, entretanto, que Joãozinho flutuava serenamente e tinha o olhar fixo em algo que eles não viam. O que estaria se passando?
Depois dos dois involuntários mergulhos, voltando à tona, notou ele a presença de uma Senhora de beleza deslumbrante, envolta em luz, sorridente, que lhe estendia a mão alvíssima para ele pegá-la e, assim, poder sair do pântano.
Mas o nosso infantil herói, completamente esquecido de si e encantado com a beleza da maravilhosa Dama, não ousou pegar essa mão que tão maternalmente lhe era oferecida, pois iria manchá-la de lama, e isso ele não queria fazer de forma alguma!
Enquanto isso, na margem, atraído pelos gritos dos meninos, apareceu um camponês trazendo consigo uma vara. Felizmente esta tinha tamanho suficiente para alcançar o pequeno João, o qual foi retirado são e salvo.
Em sua inocente alma, ficaram gravados o sorriso da Senhora, o resplendor de sua luminosa face, a alvura daquela mão estendida para ele!... Mas, na ocasião, não contou o fato a ninguém, nem sequer à sua mãe.
Anos depois, o pequeno João de Yepes ingressou na Ordem do Carmo, onde recebeu o nome de Frei João da Cruz. Somente quando já era prior do seu convento, narrou que na infância tinha sido salvo por Maria Santíssima.
Hoje é ele venerado em todo o mundo como São João da Cruz, Doutor da Igreja, célebre pelas obras que escreveu, as quais lhe valeram o título de Doutor Místico!
(Revista Arautos do Evangelho, Março/2005, n. 39, p. 45)
Corria o ano de 1548. Uma jovem viúva, Catarina Álvarez de Yepes, lutava com dificuldade para manter seus três filhos: Francisco, Luís e o caçula, João, que mal contava seis anos de idade.
Nesse ambiente de pobreza, em conseqüência da má alimentação, ficou João muito franzino, o que não o impedia de participar alegremente dos divertimentos das crianças de sua idade.
Certo dia, estando ele com seus amiguinhos às margens de um lago pantanoso, entregaram-se todos a uma brincadeira um tanto arriscada. Consistia a diversão em cada um dos meninos jogar na água, o mais distante que conseguisse, uma varinha e depois recolhê- la a partir da margem.
João lançou seu bastãozinho com decisão, mas, na tentativa de alcançá-lo, perdeu o equilíbrio e caiu naquela água lamacenta.
Foi ao fundo e voltou à tona logo em seguida, mas afundou novamente, ainda mais afastado da margem. Seus coleguinhas, não sabendo o que fazer e não tendo como socorrê-lo, começaram a gritar.
Notaram, entretanto, que Joãozinho flutuava serenamente e tinha o olhar fixo em algo que eles não viam. O que estaria se passando?
Depois dos dois involuntários mergulhos, voltando à tona, notou ele a presença de uma Senhora de beleza deslumbrante, envolta em luz, sorridente, que lhe estendia a mão alvíssima para ele pegá-la e, assim, poder sair do pântano.
Mas o nosso infantil herói, completamente esquecido de si e encantado com a beleza da maravilhosa Dama, não ousou pegar essa mão que tão maternalmente lhe era oferecida, pois iria manchá-la de lama, e isso ele não queria fazer de forma alguma!
Enquanto isso, na margem, atraído pelos gritos dos meninos, apareceu um camponês trazendo consigo uma vara. Felizmente esta tinha tamanho suficiente para alcançar o pequeno João, o qual foi retirado são e salvo.
Em sua inocente alma, ficaram gravados o sorriso da Senhora, o resplendor de sua luminosa face, a alvura daquela mão estendida para ele!... Mas, na ocasião, não contou o fato a ninguém, nem sequer à sua mãe.
Anos depois, o pequeno João de Yepes ingressou na Ordem do Carmo, onde recebeu o nome de Frei João da Cruz. Somente quando já era prior do seu convento, narrou que na infância tinha sido salvo por Maria Santíssima.
Hoje é ele venerado em todo o mundo como São João da Cruz, Doutor da Igreja, célebre pelas obras que escreveu, as quais lhe valeram o título de Doutor Místico!
(Revista Arautos do Evangelho, Março/2005, n. 39, p. 45)
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